Fisioterapia

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sábado, 26 de março de 2011

Princípios da aglutinação



A medida direta da ligação de um anticorpo ao antígeno específico é utilizada na maioria dos ensaios sorológicos. Alguns importantes ensaios estão baseados na capacidade do anticorpo se ligar ao antígeno e esta ligação levar a uma alteração do estado físico do antígeno. Estas interações secundárias podem assim ser detectadas de diversas maneiras. Por exemplo: quando o antígeno está presente numa superfície de uma partícula grande como, por exemplo, uma bactéria, ou um eritrócito, os anticorpos, uma vez ligados, levam estas partículas a se agruparem num fenômeno conhecido por aglutinação. O mesmo princípio aplica-se às reações utilizadas para determinação dos grupos sanguíneos, onde os antígenos encontram-se na superfície das hemácias e esta reação de aglutinação causada pela ligação do anticorpo é denominada hemaglutinação (do grego ,haima, sangue).

GRUPO SANGUÍNEO SORO DE TIPAGEM
Anti-A Anti-B HEMÁCIAS DE TIPAGEM
A B ANTÍGENO ANTICORPO
A + - - + A Anti-B
B - + + - B Anti-A
AB + + - - A e B Ausente
O - - + + - Anti-A e anti-B
Observando o quadro acima podemos perceber a presença dos antígenos e anticorpos em cada grupo sanguíneo. É nesta presença ou ausência de antígenos e anticorpos que se baseia a tipagem sanguínea e a escolha do sangue a ser transfundido.


Este procedimento é utilizado para determinar o grupo sanguíneo ABO e também pode ser utilizado para o grupo Rh, mas deve-se levar em consideração que somente 75% dos indivíduos Rh positivos (D positivos) podem ser tipados desta forma, já que existem os D “fracos” que necessitam ser testados pela forma de aglutinação indireta (Coombs indireto). Para a tipagem utiliza-se anticorpos (aglutininas) anti-A ou anti-B e anti-D que se ligarão nos determinantes antigênicos A, B e D respectivamente presentes nas hemácias (aglutinogênios). Estes aglutinogênios estão presentes num grande número de cópias na superfície das hemácias levando as células a se ligarem cruzadamente entre si quando da ligação do anticorpo específico. Estas ligações cruzadas ocorrem pela interação das células pela ligação simultânea de uma mesma molécula de anticorpo em células diferentes, já que cada molécula de Ig possui pelo menos dois sítios de ligação ao antígeno.

TIPO SANGÜÍNEO AGLUTINOGÊNIOS NAS HEMÁCIAS AGLUTININAS NO PLASMA
A A anti-B
B B anti-A
AB A e B -
O - anti-A e anti-B

Antígenos e imunógenos

A função primordial do Sistema Imune é discriminar o que é próprio (self) do que é estranho ou não-próprio (not-self). Este sistema é capaz de distinguir entre macromoléculas que são sintetizadas pelo próprio organismo (self) daquelas que estão sendo ou foram produzidas por organismos com genoma diferente (not-self). Dessa forma, o funcionamento desse sistema garante a manutenção da homeostase genética. O sistema imune é capaz de responder a um determinado antígeno através da atuação e interação entre células apresentadoras de antígenos, linfócitos B e linfócitos T. Quando essas macromoléculas são não próprias (not-self), o sistema imune as reconhece como estranhas e reage contra elas. Nesta situação, o antígeno é denominado imunógeno, havendo a produção de anticorpos pelos linfócitos B, ativação de linfócitos T e geração de células de memória, cuja função será eliminar ou conter esse antígeno e o microorganismo que o produziu. Alternativamente, o sistema imune pode reconhecer um antígeno como sendo próprio (self). Neste caso, normalmente não há a produção de uma resposta imune efetora, pois o sistema imune tolerante a essa molécula, esse fenômeno é conhecido como tolerância imunológica. Em determinadas situações pode haver quebra dessa tolerância e o sistema imune reage contra o próprio organismo, produzindo auto-anticorpos, podendo eventualmente desenvolver uma doença auto-imune.
Apesar do sistema imune ter evoluido para detectar macromoléculas, ele pode reconhecer e reagir contra micromoléculas, desde que estas estejam ligadas covalentemente a uma macromolécula. Neste caso a micromolécula é denominada hapteno e a macromolécula carreador. Uma vez produzido o anticorpo contra o hapteno, e concomitantemente contra a proteína carreadora, este anticorpo anti-hapteno pode se combinar com a micromolécula solúvel, mesmo sem estar acoplada ao carreador.

Os haptenos (do grego haptien = unir) reagem de forma apropriada com produtos da resposta imune, porém são incapazes de iniciá-la.
Quando ligados covalentemente a proteínas imunogênicas apropriadas (carreadores) possuem a capacidade de induzir essa resposta
O complexo hapteno-carreador comporta-se como um epítopo de célula B.

Transplantes de orgãos

O obstáculo principal de viver com um transplante é a rejeição aguda. Esse tipo de rejeição ocorreria em quase todos os receptores se não existissem os remédios imunossupressores. Como é de se esperar, os remédios imunossupressores reprimem os elementos do sistema imunológico para que eles não ataquem o órgão do doador. O problema é que esses remédios também suprimem algumas das coisas boas que o sistema imunológico faz. Uma pessoa tomando remédios imunossupressores é mais sujeita a infecções.
Uma nova abordagem pode finalmente mudar o curso das coisas. Em poucos casos experimentais, pacientes de transplante de rim também receberam transplantes de medula óssea dos seus doadores. A medula óssea produz glóbulos brancos, que têm o papel principal na proteção contra corpos estranhos. A teoria por trás dessa nova abordagem é que os glóbulos brancos da medula do doador irão se fundir com as células do receptor, permitindo que o sistema imunológico reconheça o novo órgão como parte do corpo. Os resultados dos testes iniciais são animadores. Os primeiros pacientes testados estão muito bem, sem tomar nenhum remédio imunossupressor.
Porém, os remédios ainda são o recurso mais usado e rendem bons resultados. Normalmente, uma equipe de transplante prescreve combinações específicas de remédios a pacientes a fim de alcançar o equilíbrio certo de supressão. A meta é suprimir o sistema o bastante para prevenir a rejeição, enquanto se minimizam os efeitos colaterais e o risco de infecção. Com o passar do tempo, a equipe de transplante normalmente ajusta a prescrição do remédio, ficando em sintonia com as necessidades do paciente. Em alguns casos, ele pode até ser liberado de todos os remédios conforme o corpo se adapta ao novo órgão, mas isso é extremamente raro.

Os pacientes transplantados devem vigiar a tomada de medicamentos e têm que visitar o hospital regularmente para seguir em frente com os testes. Isso vale a pena na maioria dos casos, pois os pacientes que estiveram enfermos por muitos anos devido a um órgão doente podem se sentir completamente rejuvenescidos após um transplante.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Orgãos Linfoides Secundarios na Montagem da resposta imunologica Adaptativa

O sistema imune é composto por um conjunto de células hematopoiéticas e moléculas que se encontram na superfície destas células, ou que são secretadas transmitindo sinais entre as mesmas. O sistema apresenta uma atividade interna, constante, que é aumentada pelo contato com macromoléculas apresentadas em um contexto de infecção . O sistema imunitário dos vertebrados é uma vasta rede de moléculas e células com uma só meta: distinguir entre o que é próprio do indivíduo e o que não é. Sua função primária é de proteger os vertebrados contra microorganismos vírus, bactérias e parasitas. Suas características de destaque são a especificidade, adaptação e a memória. Os elementos de reconhecimento da resposta imunitária humoral são as proteínas solúveis, chamadas anticorpos, produzidas pelas células plasmáticas. Na resposta imunitária celular, os linfócitos T atacam as células que apresentam padrões estranhos em sua superfície. Também estimulam a resposta humoral ao ajudar as células B, as precursoras das células plasmáticas. 2. Sistema imune. O sistema imune compreende dois sistemas, manifestados como imunidade celular ou imunidade humoral. O linfócito é a célula primária atuante em ambos os sistemas. A detecção dos vários marcadores imunológicos da membrana do linfócito, bem como suas características funcionais, permitiram a identificação de duas produções distintas de linfócitos: as células T e as células B. Os linfócitos T (células T) são derivados do timo ou influenciados pelo timo (timo-dependentes) durante seu desenvolvimento. As células T são responsáveis pela imunidade celular (isto é, processos imunológicos do tipo: reatividade cutânea retardada, rejeição aos aloenxertos, imunidade antitumor e defesa celular contra cogumelos, agentes parogênicos intracelulares e poxvírus.